segunda-feira, 20 de outubro de 2014

POEMA À CÂMARA FOTOGRÁFICA - Beatriz, 11A

Querida câmara fotográfica,
Este poema é dedicado a ti,
Tu, que nos ensinas a interpretar o mundo
Tu, que ensinas os nossos olhos a ver coisas maravilhosas
Coisas essas, que nunca veríamos sem ti;

Pobre câmara,
Tu, que és tão manipulada por nós
Nós, que saboreamos belos momentos, pelo tempo que quisermos
Enquanto tu vives só a fração de segundo que captas;

No entanto,
Saboreamos efemeramente esses momentos,
E tu guarda-los para sempre dentro de ti;
As fotografias são momentos
Que o tempo nos rouba,
Mas que conseguimos reviver
Com a tua ajuda.


Beatriz Vieira
11º A Nº 25



quinta-feira, 3 de abril de 2014

Memórias - Raquel

Tudo o que faço são momentos presos no tempo
Esquecidos no momento
Ou relembrados por um segundo
Ondas remexidas pelo vento
Que mais parecem uma ilusão

Raquel Costa nº23 10ºF

As melhoras da morte - Raquel

Assim que as trevas chegam cheias da indispensável escuridão,
Esmagam aquela réstia de força,
Arrancam a paixão!
Tudo desvanece, só porque a morte carece

Daquele incauto vermelho.
A dor insaciável permanece, quando a escuridão desaparece.
Lá vem aquele fulgor repleto de amor
A mente fortalece a paixão,

As trevas esperam e investem
A jornada chega ao fim
A vida caiu na emboscada da morte
Baixou a guarda
E, assim, terminou tão bela flor.


Raquel Costa, nº 23 10º F

segunda-feira, 31 de março de 2014

Sudoeste indiano - Tiago Teixeira

sudoeste indiano que
serpente toca guitarra
solar e sair do amplificador
cair da caixa e poeira no ar

criar e destruir noutra dimensão
roxa no ar cinzenta no chão
voar em transe
cair e saltar
até ao sexto andar
ir lá a cima e voltar
tudo na mesma
roxo no ar

homens chegam em pedaços de metal
ousadia a correr nas veias
de conquistar longe de casa

caves escuras, minas de ouro
sons metálicos ouvem-se ao fundo
homens chegados nos pedaços de metal
escavam escavam lá no fundo

conquistar o que não deles é



Tiago Teixeira 

MAR - VV AA

MAR


O mar faz-me viver
E conseguir entender a história
Do sim que vem
João Tojeira


Olhar o mar
E sentir a brisa a bater nas ondas
Das lágrimas sentidas
Miguel

HORIZONTE - VV AA

HORIZONTE

Uma linha que separa a realidade dos sonhos
Francisco Vazão


Aquela incerteza no fundo
Leonor

És algo que não tem fim
Mas todos querem cruzar-te
António Trovão

Linha imaginária
Que prende o homem à terra firme
Daniel Constantino


Irás proteger-me sempre
Quer eu queira, quer não
Patrícia Ribeiro

Parece que tenho arame farpado nos ouvidos
António

Quando penso em ti
Quero sempre deixar-te orgulhosa
Gosto de pensar que estás feliz
Aí na tua
Anónimo

Um horizonte indescritível
Onde tudo é perfeito
Apesar de desconhecido
Neuza

Esperar no horizonte o aparecer
O nascer na mais brilhante pérola dos céus
Miguel

De fim e início incertos
Fico de braços abertos
Rodrigo

Horizonte sou eu
Quando estou a alucinar
Inês Costa

Isso é o mistério da saudade - Inês Costa

Isso é o mistério da saudade,
Apenas memórias que restam do que foi embora,
não derrames mais lágrimas
Corre e foge deste mundo sem sentido,
Tudo é perfeito demais e nada é normal.
Afinal o normal é anormal,
Tudo é diferente, tudo é igual.
Variamos a pessoa que somos
Conforme as ondas do mar.

Inês Costa

MÓNICA - João Machado

MÓNICA

Pela vida
Nessa rua
Tua voz
Ressoa longe
Braço vi
Barco velho
Chão infinito
Num caminho
Nada faço
Sobrevivo
Com esperança
Num filho novo
O reacender
De uma velha
Chama.


João Machado

LUA - VV AA

LUA

Lua bela e única
Não te vás embora,
A noite ainda agora começou
Renata Gomes

A caminhar pelas crateras
Em busca de algo, talvez de ti
Pensando e olhando para o mundo
E esperando por ti
Sentir o nosso amor cravado no chão
Sem oxigénio, sem vida,
Apenas tu e eu,
Caminhando por mundos opostos
Miguel

Lua, porque olhas para mim?
Esses olhos sedutores, essa tua cara
Que me transmite segurança
Lua, não me abandones, astro guiador,
Lâmpada de Aladino
Lua, ninguém te substitui
Ės única, és minha
Duarte

Ė envergonhada
Apenas reflete a luz e não brilha
Apenas mostra uma face
Será porque tem medo?
Nuno

A lua, um satélite natural curioso.
Já a visitámos
Várias vezes, mas ela fica melhor
Com a companhia do sossego.
Patrícia Canhão

A lua é estranha!
Como pode uma coisa tão brilhante
Viver em tanta escuridão?
Áurea

Lua, ual, alu, aul, lau, ula
Patricia Jorge

Brincadeiras ou apenas pensamentos,
Pensamentos sobre brincadeiras
Brincadeiras sobre pensamentos
Patricia Jorge

Tu iludes-me o caminho
Tornas tudo mais claro
Deixei de ter medo de andar sozinho
Pedro Leal

Quando olhamos para a lua vemos a pessoa de quem mais gostamos
Tiago Pires

Nem os trovões a param
Nem nada a destrói
Apesar das feridas que já tem
Leonor

Sombria e sorrateira
Aparece e desaparece
Mas sentimos o seu poder
Leonor

Afinal, o bem
É uma ilusão
Que vive na lua
Matando-nos por dentro
Beatriz

À noite sorri
De dia desaparece no horizonte
Porque roda lentamente
À procura do sol
João Tojeira

Parece sozinha no grande manto preto que está iluminado
Por pequenas luzes
A lua sabe, a lua sente
Carolina

Será a luz que numa noite de solidão
Nos traz a esperança necessária?
Ou apenas está lá,
Parada, inocente, serena?
André Santos

A lua caiu, a noite morreu, o sol chorou,
Meteoritos caíram,
A multidão apavorada correu correu em vão
Olhem só! O que é aquilo?
A lua está ali, radiante,
Mais forte do que nunca,
Mas será mesmo a lua?
André Nogueira

À noite olho para a lua
E começo a pensar
Como teria sido a minha vida
Se estivesses lá,
Que memórias teria eu
Dos países que juntos
Teríamos conhecido
Lúcia

Sonhos de castelos e princesas
E um dragão por derrotar
Sonhos de astronauta
Pela lua a flutuar
Renato

Eras malvadas, pessoas corrompidas
Porque tem a noite de prevalecer sobre o dia?
E quem será a minha lua?
Francisco Silveiro

De repente aparece o dragão
Com cara de mau
Mas não me assusta não
Estou quase a derrotá-lo
Mas ele com as suas bombas
Atinge a lua
Pobre lua, agora está magoada, triste, ferida
Uma ferida enorme
Maior do que a sua maior cratera
Revoltada, ameaça destruir
O jogo do Mário
E tudo graças ao otário do dragão
Que faz tudo ao contrário.
E nesta viagem no tempo
Reparo que isto não pode acontecer
Porque o Mário faz parte da infância
Neuza

Para quê escrever - Ana

Para quê escrever
Se o que sinto
Não tem palavras


Ana

Durante o dia - Inês Cabral

Durante o dia
Ouço os sons dos pássaros
E todos os sons maravilhosos da natureza
Levanto a cabeça em direção ao céu
E vejo as nuvens a passar
Com o tempo


Inês Cabral

Limbo, nirvana, um estranho sonho - Francisco Vazão

Limbo, nirvana, um estranho sonho
Um sonho
Mas também uma realidade
Que ainda não é realidade
À espera de ser levada
Pelo maluco que acreditar nela


Francisco Vazão

Por mais que viaje - Francisca

Por mais que viaje pelos meus velhos pensamentos
Tudo o que encontro são lembranças e lamentos
De quem tentou criar novos tempos


Francisca

Um raio de sol neste mundo hipnotizante - Raquel Costa

Um raio de sol neste mundo hipnotizante
Uma paixão contagiante
Numa selva perdida onde tudo se esconde e se descobre


Raquel Costa

Sofro todos os dias

Sofro todos os dias
Enervada e angustiada
Sem saber porquê

Alexandra F

Seres rastejantes - Raquel Costa

Seres rastejantes, sem escrúpulos
Procuram vingança enquanto pensam que têm o rei na pança


Raquel Costa

Noite misteriosa na Arábia - Rita Gageiro

Noite misteriosa na Arábia
Aparece um ovni
Aterra e saem dele aliens a dançar a dança do ventre
Levam alguém para dentro do seu transporte


Rita Gageiro

Corro à procura de ti

Corro à procura de ti
Onde estás?
Ainda tenho de esperar muito?

Imaginar o impossível - Tiago Pires

Imaginar o impossível
Cair e levantar neste sentir o impossível
Gostar do que não gostar
Cair e não levantar
Chorar e rir ao mesmo tempo


Tiago Pires

É aqui enquanto espero - Leonor

É aqui enquanto espero
Que ouço o tilintar dos teus olhos
E brilha o teu sorriso


Leonor

Liberta as flores - Leonor

Liberta as flores que há em ti


Leonor

Na escuridão do pensamento - Leonor

Na escuridão do pensamento
O grito da música
Desperta e liberta do vazio
No rodopio desta insegurança
Algo surge e é esquisito
Não se quer mostrar
Mas não se cala
E grita



Leonor

Sente-se a maré do campo - Beatriz

Sente-se a maré do campo
Dos teus olhos


Beatriz

Viver é sentir um hoje eterno - Beatriz

Viver é sentir um hoje eterno



Beatriz

Estava eu a imaginar - Alexandra Figueiredo

Estava eu a imaginar
Numa praia de água clara
Como uma folha que anda com o vento
Sem saber para onde


Alexandra Figueiredo

Pensar é deixar as ideias fluir - Beatriz

Pensar é deixar as ideias fluir
É andar num mundo estranho
Acompanhado apenas por mim
E por quem lá não está

Beatriz

Torce o pensamento - Carolina

Torce o pensamento como se fosse um pano molhado!


Carolina

Dois pombos pesam mais do que a minha alma - Carolina

Dois pombos pesam mais do que a minha alma
E a minha alma voa mais alto


Carolina

O comboio não espera pelo teu bilhete - Carolina

O comboio não espera pelo teu bilhete, arrisca!


Carolina

Solta o grave - Carolina

Solta o grave, sente a vida
Não há pressa de ser alguém
Apenas há que viver sem pressas
Tenho de ler, instruir o pensamento
Cuidar dos que me amam e dos que me querem bem


Carolina

Sorrisos correm pelos corredores sem fim

Sorrisos correm pelos corredores sem fim
De uma lareira abandonada
que se acende com os efeitos que se formam da luz da terra
Sabendo ainda que ainda cantam no mundo
Em busca de cabeças perdidas
No momento da despedida

João Tojeira

A infância é um ponto de partida

A infância é um ponto de partida
Um tempo de ignorância feliz
Tudo parece estar bem
Até ao momento em que
Me dizem
Que a viagem tem de começar

Uma coisa pequena a caminhar nas ervas - Diogo

Uma coisa pequena a caminhar nas ervas
Um bicho lindo a apanhar flores
Um assustador arreliar atrapalhar
Aborrecer com um aperto no coração
Que nunca acaba


Diogo

A escuridão é um espaço sem sol - Diogo

A escuridão é um espaço sem sol
Um sol sem luz
A luz sem magia
A magia sem ilusão

Diogo

Não sei qual o teu sentimento - António Trovão

Não sei qual o teu sentimento
Mas tentaria ver-te mais uma vez
Uma última vez
E libertar tudo

António Trovão

Aqui estou eu - Ricardo

Aqui estou eu
Aqui estás tu

Ricardo

Ouço-o - Daniel Nogueira

Ouço-o
Vejo-o
A cavalgar no vazio das terras ventosas
Lideradas por armas sujas de pólvora
Daniel Nogueira

Quando há música no ar - Inês Santos

Quando há música no ar
Nem nos ouvimos a respirar

Inês Santos

Existem vários sorrisos - Inês Santos

Existem vários sorrisos
Um deles é o meu

Inês Santos

Sinto-me como um piano sem teclas - Renato

Sinto-me como um piano sem teclas
Um violino sem cordas,
Um órgão sem tubos

Renato

Bancos de jardim por preencher! - Rita Santos

Bancos de jardim por preencher!


Rita Santos

Estou nas ruas da amargura - José

Agora, estou nas ruas da amargura
À procura da tua doçura

José

Vi-te a sair do mar - Luís Abrantes

Vi-te a sair do mar
Parecias uma sereia
E para quem nunca tinha visto uma
Foi uma bela duma estreia!


Luís Abrantes

Neste mundo escuro - Alexandra Luís

Neste mundo escuro
Misterioso e inseguro
Vejo uma pequena luz
Que me aquece e me conduz


Alexandra Luís

Outra vez aquilo - João Morais

Outra vez aquilo
Interpreto-o como um anjo
Ou talvez um bando deles
Vindos de todos os lados

João Morais

Viajo pelos corredores da consciência - Áurea

Viajo pelos corredores da consciência

Áurea

Rastejam eles pelas ruas - Rodrigo Félix

Rastejam eles pelas ruas
À procura de salvação
Foi-lhes recusado o amor e o perdão
Enquanto olhares para eles e nada fizeres
Eles ali continuarão

Rodrigo Félix

Os demónios atiçam-me

Os demónios atiçam-me
Mas tenho de vencer
Esta batalha que não tem fim

Quero ser grande - Miguel Santos

Quero ser grande para poder fazer o que quiser
Mas agora já com dezasseis anos
Não há nada que eu queira mais
Do que voltar ao tempo em que tudo
Era fácil

Miguel Santos

Fico doido, perdido por ti - Ivo

Fico doido, perdido por ti
Mas perfeita não és
Perfeita só ficarás ...
Ao meu lado


Ivo

Já estou como o Peter Pan - Leonardo

Já estou como o Peter Pan
Também não quero crescer


Leonardo

Não percebo o porquê de sangrar de torturas - António

Não percebo o porquê de sangrar de torturas
E de jogar um jogo que mal conheço

António

Um ritual de longe - Francisco Ruivo

Um ritual de longe
Com palavras estranhas e uhhhhiuhhh,
Como estar no cume de uma montanha
A sentir o vento nas orelhas
Sem preocupações do mundo

Francisco Ruivo

Sinto a liberdade a prender-me

Sinto a liberdade a prender-me
Por dentro choro, por fora estou a rir
Sinto que estou a perder-me

João Tojeira

Permanente morte escura - Guilherme

Permanente morte escura, temo
Presente está aquele que não vê
Objetos escuros tapam-lhe a razão pálida
Obscuro coração obscuro pensamento
Rei aquele que a rejeita
Nobre o que a reconhece
Povo, eu, aquele que a aceita


Guilherme

A unanimidade da minha alma - Francisco Sousa

A unanimidade da minha alma
faz-me querer libertar.
Oceano ou piano?
Hipnotiza-me
Leva-me para longe com o teu olhar
Não olhes - sente
Alma escura não é anódina
É mefistofélica
Algo mudou - eu
Intoxica, desliza,
repete.
Preparado,
Estou preparado,
Vem até mim, arranca-me
O coração
Toca-me a canção da sereia

Francisco Sousa

As palavras que são escritas - Nuno

As palavras que são escritas
Criadas por ideias forçadas
Pensadas por poetas obrigados
Não formam poesia
As palavras não sentidas
Ou vividas
Não funcionam


Nuno